Noite de fados e boa comida.

Infelizmente, nem sempre uma noite de fados num restaurante é acompanhada de uma boa refeição. Contudo, D. Afonso o Gordo é uma aposta segura (e surpreendente como irão ler mais à frente), tanto para trazer amigos estrangeiros que estejam de visita a Portugal, como para um programa romântico a dois ou mesmo um jantar diferente entre amigos.

O espaço é enorme e o restaurante mantém a traça tradicional do edifício, com o tijolo original à vista, outrora o estábulo privado de Marquês de Pombal. O ambiente é romântico, predominando a iluminação das velas durante o espetáculo de fado.

Por falar em fado, aqui ouve-se bom fado de terça a domingo, com a presença diária do fadista residente Luís Capão e a visita bissemanal de uma das fadistas mais emblemáticas do nosso país Cidália Moreira.

O gráfico de uma foodie

Uma refeição é uma experiência sensorial com vários atos. Embora o paladar seja o principal sentido usado, não deve ser descurada a importânica do olfato e da visão na equação. Num segundo plano, podemos dizer também, que o tato e mesmo a audição, influenciam a experiência durante a refeição. Foi assim que nasceu “O gráfico de uma foodie”, uma forma de vos retratar com uma imagem, as sensações ao longo de toda a experiência gastronómica – porque um prato pode ser bom e estar extremamente bem confecionado e ainda assim não ser o mais indicado naquele momento da refeição.

Deixo-vos aqui com o gráfico d’O Afonso o Gordo e o relato do que foi a experiência:

Na cozinha do restaurante vão encontrar o chefe Fábio, ex-concorrente do Masterchef, que aqui recria pratos tradicionais portugueses, dando-lhes uma nova vida e um paladar (ainda mais) sofisticado.

Preparem-se para degustar várias entradas, porque aqui o conceito que faz sentido é o de partilhar: primeiro a punheta de bacalhau com puré de grão, azeitonas desidratadas e grão crocante e estaladiço. Depois, seguimos com a fresca salada de polvo, repleta de pimentos que contrastam com o adocicado dos grãos de romã.

Mas foram as chamuças de leitão, servidas com uma salada com gomos de laranja e espuma da mesma, que roubaram o meu coração esta noite. Fãs de chamuças, esqueçam tudo aquilo que já provaram, porque estas chamuças não perdem a sua identidade e origem, mas deliciam as papilas gustativas a pedir por mais.

Também a Tiborna de Sardinha esteve à altura, servida com puré de azeitona e um leve escabeche.

Há que ir, mas ir com apetite, porque não podem deixar de provar o tradicional prato da Bairrada – o Leitão – servido com fatias finas de laranja, uma salada de alface e batata assada, que nos deixam concentrar todo o sabor na estrela da noite – o Leitão. Pele estaladiça e pedaços na proporção certa, o molho com os sabores típicos que não pode faltar.

Por fim, sempre ouvimos dizer que há um estômago diferente para as sobremesas, correto? Vale por isso a pena degustar o Arroz Doce com suspiro e o Toucinho do Céu com Espuma de Laranja para terminar em beleza.

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